segunda-feira, 4 de maio de 2015

Por que criar a rotina

Quais as vantagens de criar uma rotina para o bebê?

As necessidades de um bebê não são nada complicadas, e poderiam ser resumidas em alimentação, sono, carinho e brincadeiras. Só que às vezes fica difícil saber de que exatamente seu filho precisa, em que momento e em que quantidade. Sem falar que você precisa equilibrar as necessidades do bebê com as suas próprias e as do resto da família.

Para muitos pais, organizar o dia numa rotina diária facilita muito a vida com o bebê. É como criar um manual de instruções personalizado para o cuidado do bebê. A vantagem é que você terá um padrão previsível de atividades e horários, e seu bebê saberá o que esperar ao longo do dia. Por exemplo: depois da soneca da manhã vem a mamada, depois um pouco de brincadeira e um passeio.

Os pediatras garantem que os bebês gostam de saber que certas coisas acontecerão em determinados horários. Um bebê descansado e sem fome é uma criança muito mais contente. Além disso, dizem os especialistas, um bebê mais satisfeito está no seu melhor estado mental e físico, pronto para aprender e explorar o mundo ao seu redor. 

Tem ainda outra vantagem: quando você precisar deixar seu bebê com a babá, avó ou cuidadora, a transição será muito mais fácil. A manutenção da rotina que ele já conhece deixará seu bebê mais tranquilo, e a pessoa que estiver cuidando dele poderá prever melhor os horários de fome, sono ou vontade de brincar e passear. 

Preciso mesmo criar uma rotina?

Não existe nenhuma obrigatoriedade de criar uma rotina para o bebê. Tudo vai depender do seu temperamento, do modo como sua casa funciona e da sua personalidade como mãe (ou pai).

Mas é muito provável que, mesmo sem querer, você acabe se vendo mais ou menos seguindo uma rotina depois de algum tempo com o bebê. Afinal, mesmo para as pessoas mais livres de espírito e menos metódicas do mundo, é difícil escapar da repetição e da sequência de algumas atividades, como café da manhã, almoço, jantar e hora de dormir.

Neste texto oferecemos algumas opções de rotina, mas elas servem apenas de exemplo. No final, a decisão sobre como cuidar do seu bebê é sua, e apenas sua. 

Quando posso começar com a rotina?

As opiniões dos especialistas sobre quando, como e até sobre a necessidade ou não de se estabelecer ou não uma rotina para o bebê variam. Muitos pediatras, porém, pensam que os bebês estão prontos para começar a entrar em uma rotina mais geral entre os 2 e os 4 meses de idade. 

Os padrões de sono da maioria dos bebês começam a se firmar a partir dos 3 ou 4 meses, e é então que você pode aproveitar a oportunidade e ajudar o seu bebê a ter um horário mais definido. 

Há crianças que, por natureza, mostram padrões previsíveis muito antes disso, às vezes já no primeiro mês de vida. Nesse caso você já pode começar delicadamente a incentivar seu bebê a ir entrando em uma rotina. 

Comece a prestar atenção aos horários em que seu bebê come, dorme e fica mais acordado. Assim você irá entendendo melhor seus ritmos naturais e terá uma ideia dos padrões que começam a se desenvolver. Logo nos primeiros dias após o parto, muitos pais já começam a perceber que o bebê tem horários para comer, fazer cocô e xixi, dormir, e assim por diante. 

Você pode guardar os horários na cabeça ou, se achar mais fácil, anotá-los em um caderno, no computador ou em aplicativos especiais para isso. 

Alguns especialistas, como a autora britânica Gina Ford, que escreveu "O Livro do Bebê Feliz" (disponível em português de Portugal pela editora Bertrand), sugere iniciar uma rotina com horários específicos a partir da primeira semana de vida do bebê. E Tracy Hogg, a "encantadora de bebês", defende uma rotina definida pelo bebê, que os pais podem iniciar logo após o nascimento. 

O mais importante, independentemente de sua escolha, é dar prioridade ao bem-estar do bebê. Isso significa seguir os conselhos do pediatra, além de sua intuição e bom senso, na hora de determinar o que o seu bebê precisa e quando, não interessa o que está escrito na rotina, no livro ou no site. 

É essencial, por exemplo, que o recém-nascido receba leite materno (ou fórmula láctea, se é o que ele toma) em quantidade suficiente, para evitar que ele deixe de ganhar peso ou tenha uma desidratação. Quando você achar que seu bebê está precisando mamar ou dormir, nunca adie só com base na explicação de que "ainda não está na hora". 

Os pais precisam seguir seus instintos com relação ao que a criança está tentando comunicar, dizem os especialistas. Por exemplo, se o bebê mamou há uma ou duas horas e já está fazendo aquele choro característico de quando tem fome, fazendo biquinho e procurando com a boca, você deve alimentá-lo. 

E se "está na hora" de dormir, mas seu bebê está mais choroso do que o normal e precisa de um colinho prolongado antes de deitar, você deve acalmá-lo. Nenhum horário ou rotina deve desbancar as necessidades do bebê. 

Quais são as opções de rotina?

Há vários métodos para criar uma rotina para o bebê. Para facilitar a escolha, apresentamos alguns deles aqui, classificados conforme os três estilos principais de rotina: dirigida pelos pais, dirigida pelo bebê e mista.

Rotinas dirigidas pelos pais

As rotinas dirigidas pelos pais são as mais rígidas. Algumas chegam a especificar exatamente quando (e até quanto) o bebê deve comer, dormir, brincar, passear e assim por diante. Os horários podem ser determinados por você, com base nos ritmos naturais do bebê, ou obedecer a uma rotina sugerida por um especialista; porém, uma vez estabelecidos, são seguidos à risca -- inclusive em termos de minutos -- diariamente. 

Entre os defensores mais conhecidos deste método estão a autora britânica Gina Ford e o especialista Gary Ezzo, um dos autores do livro "Nana, Nenê: Como cuidar de seu bebê para que ele durma a noite toda de uma forma natural" (ed. Mundo Cristão), além da dupla Eduard Estivill e Sylvia de Bejar, autores de um outro "Nana Nenê" (WMF Martins Fontes). 

Um dos métodos recomendados por eles é o controverso "deixar chorar" para ensinar a adormecer sozinho. 

Conheça melhor esse tipo de rotina bem estruturada. 

Rotinas dirigidas pelo bebê

As rotinas guiadas pelo bebê são as menos definidas. Você segue, literalmente, os sinais do bebê. Ou seja, procura nele indicações do que precisa em vez de impor horários para comer, dormir ou brincar. Isso não significa que seus dias vão se tornar completamente imprevisíveis, já que depois da primeira semana de vida, a maioria dos recém-nascidos começa a entrar naturalmente em um ritmo regular de sono, brincadeira e alimentação. 

Mas os horários podem variar de um dia para o outro, porque com esse método você vai responder aos sinais que observa no bebê. Entre os que apoiam as rotinas dirigidas pelo bebê estão os gurus da teoria do apego na criação de bebês (em inglês "attachment parenting"), como os médicos e autores norte-americanos conhecidos como Dr. Sears e Dr. Spock. 

Conheça melhor a filosofia das rotinas definidas pelo bebê 

Rotinas mistas

As rotinas mistas reúnem elementos das rotinas dirigidas pelos pais e das dirigidas pelo bebê. Nesta alternativa você cria um horário para que o bebê coma, durma e brinque, e segue uma rotina semelhante todos os dias, só que com mais flexibilidade. 

A soneca pode ser adiada, por exemplo, se o bebê ainda não parece estar cansado, e o almoço pode esperar se a ida ao supermercado demora mais do que o previsto. Especialistas que apoiam esse estilo incluem a "supernanny" original, Jo Frost, a "supernanny" brasileira Cris Poli, a "encantadora de bebês", Tracy Hogg, e Harvey Karp, autor de "O Bebê Mais Feliz do Pedaço". 


http://brasil.babycenter.com/a25007895/como-quando-e-por-que-criar-uma-rotina-di%C3%A1ria-para-o-beb%C3%AA#ixzz3Vnlv80G3

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