segunda-feira, 1 de junho de 2015

4 coisas que seus filhos precisam ver você fazer em seu casamento

  • Sou defensora de uma casa em que os dois pais estejam presentes, em grande parte porque eu não participei de uma. Minha mãe e meu pai se divorciaram quando eu era pequena, e minha mãe não se casou novamente. Eu não a culpo por ter escolhido ficar solteira depois de meu pai. Ela lidou com muito abuso emocional que iria durar uma vida inteira. Eu acho que, de certa forma, ela queria nos proteger de outro relacionamento potencialmente "ruim".
    Eu poderia escrever um livro apenas sobre os efeitos do divórcio em crianças, mas este não é o caso. Estou apenas compartilhando um pouco da história de minha própria família, porque sinto que perdi algumas lições valiosas sobre relacionamentos positivos. Agora, muitos anos depois, com minha própria família, estou consciente de minhas próprias dinâmicas familiares. Meu marido e eu trabalhamos duro em nosso casamento, mas também permitimos que nossos filhos vejam o bom, o mau e o desagradável.
    Muitos dos meus amigos me disseram que nunca viram seus pais brigarem nem ouviram decisões sobre questões financeiras da família sendo feitas. Houve uma época em que eu pensei que iria lidar com meus próprios assuntos familiares assim também, mas simplesmente não funcionou para nós. Meu marido e eu queremos que nossos filhos estejam cientes do que é preciso realmente fazer para um casamento funcionar diariamente, eu quero que eles entendam que nem sempre as coisas são como contos de fadas, mas uma rotina diária.
    Aqui está uma lista de coisas que eu, pessoalmente, acho que as crianças precisam nos ver fazendo em nosso casamento. O que você adicionaria à lista?
  • 1. Orar

    Para mim, este foi o mais difícil. A religião foi talvez inserida em algum lugar na minha infância, mas eu não me lembro de ter orado em família. A oração sempre foi tratada como algo que você faz em seu tempo pessoal com Deus. Então, orar juntos como um casal e como família era um pouco estranho no início (não para as crianças, mas para nós). Desejando que nossa família tivesse um tempo para orar juntos, começamos a fazê-lo no jantar com meu marido liderando. Aos poucos, as crianças começaram a orar à mesa. Agora, não é estranho para as crianças ver-nos, como um casal, orando sobre as coisas mínimas. Antes de grandes decisões serem tomadas, as crianças sabem que vamos orar sobre aquilo. Se você quer que seus filhos tenham um desejo por Deus, eles precisam ver que você também tem esse desejo genuinamente. E eu posso dizer-lhe em primeira mão que pode fazer maravilhas para seu casamento quando vocês compartilham momentos tão íntimos.
  • 2. Tomar decisões

    As crianças devem ver seus pais consultarem um ao outro antes de tomar decisões, sejam elas grandes ou pequenas. Não há nada de errado em um casal discordar sobre qual a melhor decisão para a família. O importante para seus filhos não é ver quem ganha. O importante é mostrar-lhes que, mesmo em momentos em que vocês discordam, vocês podem chegar a um acordo. Permitir que seus filhos vejam vocês tomando decisões JUNTOS, não apenas irá mostrar-lhes como tomar decisões, mas também a trabalhar em equipe. A tomada de decisão nunca deve ser unilateral.
  • 3. Brigar

    Sim, não há problema nenhum que seus filhos vejam um momento em que vocês simplesmente não gostam muito um do outro. Mas eu não quero dizer confronto físico ou explosões de raiva onde você está dirigindo palavrões ou insultos ao seu parceiro. ISSO NUNCA É ACEITÁVEL. Mas seus filhos não vão precisar de terapia se virem a mãe e o pai discordarem. Na verdade, a briga é a chance de deixar seus filhos verem como lidar com conflitos de forma respeitosa e madura.
    Eu tinha uma amiga que idolatrava o casamento de seus pais. Ela nunca os viu brigar ou discordar. Quando ela se casou, criou expectativas distorcidas sobre seu esposo. Isso causou grande tensão e acabou levando ao divórcio.
  • 4. Demonstrar afeição

    Qual é a melhor parte de brigar com seu cônjuge? Poder fazer as pazes! O número três e o quatro andam de mãos dadas, mostrar afeição ao seu cônjuge é muito importante. Você quer que seus filhos entendam que o desejo um pelo outro é vital e mútuo. Nós não queremos que nossos filhos encontrem alguém que irá amá-los e mostrar-lhes que são amados?
    Eu acredito que as crianças precisam saber que, mesmo depois de se casarem, elas ainda devem conquistar seu cônjuge. Nossos filhos riem e cobrem os olhos quando veem meu marido e eu nos beijando, mas também há um olhar de satisfação em seus rostos. Eles sabem que nós nos amamos, porque demonstramos isso não só através da fala, mas também em ações. Seus filhos podem revirar os olhos, falar para vocês pararem com a melação ou tampar os ouvidos enquanto vocês trocam elogios melosos, mas no fundo, vocês estão lhes fornecendo uma sensação de segurança.
    Ao deixar seus filhos verem você em seu casamento no dia a dia, você está mostrando a eles que a sua família está aqui para ficar… seja através do bom, do mau ou do desagradável.
  • Fonte:Familia.com.br

segunda-feira, 11 de maio de 2015

5 passos para arruinar a vida do seu filho adolescente de maneira eficaz

  • Eu te odeio! Você está arruinando a minha vida!" Drama adolescente - é algo terrível de se ver. O sentimento de injustiça dos adolescentes é interminável. Adolescentes acham que nós estamos arruinando sua vida quando nos recusamos a comprar um vestido de R$500 para uma festa ou fazemos eles pegarem o ônibus para ir a escola. Tire o celular do seu filho, e é o fim do mundo.
    Será que estamos realmente arruinando a vida dos nossos adolescentes? Não por fazer as coisas com as quais eles ficam bravos. No entanto, isso não significa que não estamos cometendo erros. Se você realmente quer arruinar a vida de seu filho no sentido que realmente importa, faça qualquer um dos seguintes.
  • 1. Seja o melhor amigo de seu filho, a todo custo

    É uma meta admirável ter uma relação próxima com seu filho adolescente. No entanto, o adolescente precisa de mais do que apenas a amizade de seus pais. Se você estiver concordando com as coisas ou abrindo mão das regras para evitar uma discussão, você corre o risco de seu filho entrar em sérios apuros.
    O que seu filho adolescente precisa de você é liderança. Conforme seu filho se torna um adulto, ele precisa de exemplos sólidos. Mesmo que não pareça, ele quer ver você agindo como um adulto maduro. Isso faz com que ele se sinta seguro em sua vida em casa, o que lhe permite crescer na hora certa e da maneira correta.
  • 2. Ignore a vida social de seu filho

    Você precisa conhecer os amigos do seu filho, saber aonde ele vai, e com quem ele está. Em nome da liberdade, alguns pais recuam da vida social de seus filhos adolescentes, mas ao negligenciar sua vida social você está negligenciando uma grande parte da sua identidade nesta fase. Adolescentes recebem grande parte de sua validação de seus amigos, por isso, se você quiser manter alguma influência, você precisa estar dentro do círculo social.
    Convide sua filha adolescente e suas amigas a sua casa. Tornar a sua casa em um lugar divertido de se estar mantém sua filha dentro de sua visão e talvez até deixe você em uma boa posição com ela.
  • 3. Atrase a preparação para o futuro

    Mais cedo ou mais tarde, seu filho vai crescer e deixá-lo. Deixar de prepará-lo para essa inviabilidade vai arruinar sua chance de uma vida adulta bem-sucedida. Seu adolescente precisa de preparação para o mundo real, como fazer orçamento, cozinhar e limpar enquanto ainda estão em casa. Não solte seu filho no mundo real sem conhecimento prático.
    Agora também não é o momento de não exigir dele na escola. As realizações de seu filho adolescente na escola irão segui-lo até a idade adulta, independentemente se ele escolher fazer faculdade ou trabalhar após a graduação. Certifique-se de que o dever de casa está sendo feito e mantenha controle sobre suas notas. Ele provavelmente vai deixar tudo para a última hora, pensando que ele pode lidar com isso por conta própria, mas é seu trabalho, não da escola, ajudá-lo para ter sucesso no futuro.
  • 4. Dê acesso ilimitado à tecnologia

    O bullying virtual e sexting são uma parte muito real do mundo de seu adolescente, você querendo ou não reconhecer esse fato. Você precisa de um contrato de tecnologia com seu adolescente que descreva o uso aceitável e define as consequências do mau uso. Faça o adolescente entender que nada enviado online é realmente privado, e que as ações online têm consequências no mundo real.
    Também é sábio designar horas livres de tecnologia em sua casa. O uso do celular é completamente consumidor para alguns adolescentes, por isso tire os celulares na hora de dormir e mantenha os computadores fora dos quartos de adolescentes.
  • 5. Permita benefícios

    Ao contrário da crença adolescente, ele não precisa do celular mais novo, roupas de grife ou um carro próprio para sobreviver ao colégio. Na verdade, ceder a cada demanda faz com que eles tenham expectativas irrealistas no futuro. É aconselhável dizer "não" muitas vezes, e fazer seu adolescente trabalhar para conseguir o que ele realmente quer. Uma forte ética de trabalho vai servi-lo bem no futuro.
    Deixando o drama adolescente de lado, o adolescente precisa de você para impedi-lo de realmente arruinar sua vida de maneira que não tem nada a ver com toque de recolher cedo, e pouco dinheiro para gasolina. Nossos adolescentes enfrentam perigos reais, muitos dos quais nós não tivemos que lidar. Seja esperto e pró-ativo quando se trata de salvaguardar o futuro de seu filho. Acredite ou não, ele vai agradecer por isso algum dia.
    Traduzido e adaptado por Sarah Pierina do original How to effectively ruin your teenager's life.
  • fonte: Familia.com.br

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Por que criar a rotina

Quais as vantagens de criar uma rotina para o bebê?

As necessidades de um bebê não são nada complicadas, e poderiam ser resumidas em alimentação, sono, carinho e brincadeiras. Só que às vezes fica difícil saber de que exatamente seu filho precisa, em que momento e em que quantidade. Sem falar que você precisa equilibrar as necessidades do bebê com as suas próprias e as do resto da família.

Para muitos pais, organizar o dia numa rotina diária facilita muito a vida com o bebê. É como criar um manual de instruções personalizado para o cuidado do bebê. A vantagem é que você terá um padrão previsível de atividades e horários, e seu bebê saberá o que esperar ao longo do dia. Por exemplo: depois da soneca da manhã vem a mamada, depois um pouco de brincadeira e um passeio.

Os pediatras garantem que os bebês gostam de saber que certas coisas acontecerão em determinados horários. Um bebê descansado e sem fome é uma criança muito mais contente. Além disso, dizem os especialistas, um bebê mais satisfeito está no seu melhor estado mental e físico, pronto para aprender e explorar o mundo ao seu redor. 

Tem ainda outra vantagem: quando você precisar deixar seu bebê com a babá, avó ou cuidadora, a transição será muito mais fácil. A manutenção da rotina que ele já conhece deixará seu bebê mais tranquilo, e a pessoa que estiver cuidando dele poderá prever melhor os horários de fome, sono ou vontade de brincar e passear. 

Preciso mesmo criar uma rotina?

Não existe nenhuma obrigatoriedade de criar uma rotina para o bebê. Tudo vai depender do seu temperamento, do modo como sua casa funciona e da sua personalidade como mãe (ou pai).

Mas é muito provável que, mesmo sem querer, você acabe se vendo mais ou menos seguindo uma rotina depois de algum tempo com o bebê. Afinal, mesmo para as pessoas mais livres de espírito e menos metódicas do mundo, é difícil escapar da repetição e da sequência de algumas atividades, como café da manhã, almoço, jantar e hora de dormir.

Neste texto oferecemos algumas opções de rotina, mas elas servem apenas de exemplo. No final, a decisão sobre como cuidar do seu bebê é sua, e apenas sua. 

Quando posso começar com a rotina?

As opiniões dos especialistas sobre quando, como e até sobre a necessidade ou não de se estabelecer ou não uma rotina para o bebê variam. Muitos pediatras, porém, pensam que os bebês estão prontos para começar a entrar em uma rotina mais geral entre os 2 e os 4 meses de idade. 

Os padrões de sono da maioria dos bebês começam a se firmar a partir dos 3 ou 4 meses, e é então que você pode aproveitar a oportunidade e ajudar o seu bebê a ter um horário mais definido. 

Há crianças que, por natureza, mostram padrões previsíveis muito antes disso, às vezes já no primeiro mês de vida. Nesse caso você já pode começar delicadamente a incentivar seu bebê a ir entrando em uma rotina. 

Comece a prestar atenção aos horários em que seu bebê come, dorme e fica mais acordado. Assim você irá entendendo melhor seus ritmos naturais e terá uma ideia dos padrões que começam a se desenvolver. Logo nos primeiros dias após o parto, muitos pais já começam a perceber que o bebê tem horários para comer, fazer cocô e xixi, dormir, e assim por diante. 

Você pode guardar os horários na cabeça ou, se achar mais fácil, anotá-los em um caderno, no computador ou em aplicativos especiais para isso. 

Alguns especialistas, como a autora britânica Gina Ford, que escreveu "O Livro do Bebê Feliz" (disponível em português de Portugal pela editora Bertrand), sugere iniciar uma rotina com horários específicos a partir da primeira semana de vida do bebê. E Tracy Hogg, a "encantadora de bebês", defende uma rotina definida pelo bebê, que os pais podem iniciar logo após o nascimento. 

O mais importante, independentemente de sua escolha, é dar prioridade ao bem-estar do bebê. Isso significa seguir os conselhos do pediatra, além de sua intuição e bom senso, na hora de determinar o que o seu bebê precisa e quando, não interessa o que está escrito na rotina, no livro ou no site. 

É essencial, por exemplo, que o recém-nascido receba leite materno (ou fórmula láctea, se é o que ele toma) em quantidade suficiente, para evitar que ele deixe de ganhar peso ou tenha uma desidratação. Quando você achar que seu bebê está precisando mamar ou dormir, nunca adie só com base na explicação de que "ainda não está na hora". 

Os pais precisam seguir seus instintos com relação ao que a criança está tentando comunicar, dizem os especialistas. Por exemplo, se o bebê mamou há uma ou duas horas e já está fazendo aquele choro característico de quando tem fome, fazendo biquinho e procurando com a boca, você deve alimentá-lo. 

E se "está na hora" de dormir, mas seu bebê está mais choroso do que o normal e precisa de um colinho prolongado antes de deitar, você deve acalmá-lo. Nenhum horário ou rotina deve desbancar as necessidades do bebê. 

Quais são as opções de rotina?

Há vários métodos para criar uma rotina para o bebê. Para facilitar a escolha, apresentamos alguns deles aqui, classificados conforme os três estilos principais de rotina: dirigida pelos pais, dirigida pelo bebê e mista.

Rotinas dirigidas pelos pais

As rotinas dirigidas pelos pais são as mais rígidas. Algumas chegam a especificar exatamente quando (e até quanto) o bebê deve comer, dormir, brincar, passear e assim por diante. Os horários podem ser determinados por você, com base nos ritmos naturais do bebê, ou obedecer a uma rotina sugerida por um especialista; porém, uma vez estabelecidos, são seguidos à risca -- inclusive em termos de minutos -- diariamente. 

Entre os defensores mais conhecidos deste método estão a autora britânica Gina Ford e o especialista Gary Ezzo, um dos autores do livro "Nana, Nenê: Como cuidar de seu bebê para que ele durma a noite toda de uma forma natural" (ed. Mundo Cristão), além da dupla Eduard Estivill e Sylvia de Bejar, autores de um outro "Nana Nenê" (WMF Martins Fontes). 

Um dos métodos recomendados por eles é o controverso "deixar chorar" para ensinar a adormecer sozinho. 

Conheça melhor esse tipo de rotina bem estruturada. 

Rotinas dirigidas pelo bebê

As rotinas guiadas pelo bebê são as menos definidas. Você segue, literalmente, os sinais do bebê. Ou seja, procura nele indicações do que precisa em vez de impor horários para comer, dormir ou brincar. Isso não significa que seus dias vão se tornar completamente imprevisíveis, já que depois da primeira semana de vida, a maioria dos recém-nascidos começa a entrar naturalmente em um ritmo regular de sono, brincadeira e alimentação. 

Mas os horários podem variar de um dia para o outro, porque com esse método você vai responder aos sinais que observa no bebê. Entre os que apoiam as rotinas dirigidas pelo bebê estão os gurus da teoria do apego na criação de bebês (em inglês "attachment parenting"), como os médicos e autores norte-americanos conhecidos como Dr. Sears e Dr. Spock. 

Conheça melhor a filosofia das rotinas definidas pelo bebê 

Rotinas mistas

As rotinas mistas reúnem elementos das rotinas dirigidas pelos pais e das dirigidas pelo bebê. Nesta alternativa você cria um horário para que o bebê coma, durma e brinque, e segue uma rotina semelhante todos os dias, só que com mais flexibilidade. 

A soneca pode ser adiada, por exemplo, se o bebê ainda não parece estar cansado, e o almoço pode esperar se a ida ao supermercado demora mais do que o previsto. Especialistas que apoiam esse estilo incluem a "supernanny" original, Jo Frost, a "supernanny" brasileira Cris Poli, a "encantadora de bebês", Tracy Hogg, e Harvey Karp, autor de "O Bebê Mais Feliz do Pedaço". 


http://brasil.babycenter.com/a25007895/como-quando-e-por-que-criar-uma-rotina-di%C3%A1ria-para-o-beb%C3%AA#ixzz3Vnlv80G3

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Desenvolvendo a autonomia do seu bebê

Você faz tudo para o seu bebê? Tudo até encaixar um bloco de brinquedo que ele não está conseguindo? Veja só: um estudo realizado na Universidade de Montreal com 78 mães e filhos mostrou que, quando elas dão autonomia às crianças, há um impacto positivo na função executiva, um dos pilares do desenvolvimento cognitivo. Essa função engloba a memória de trabalho, raciocínio, capacidade de resolução de problemas e flexibilidade de tarefas, além da capacidade de planejamento e execução de atividades.
Para o estudo, as famílias foram visitadas em duas ocasiões: quando a criança tinha 15 meses e depois, ao completar 3 anos. Na primeira visita, foi pedido à mãe que ajudasse o filho a completar uma tarefa com um nível de dificuldade consideravelmente alto. Essa atividade durava cerca de 10 minutos e foi gravada em vídeo para que os pesquisadores pudessem analisar o tipo de suporte materno. Ou seja, se ela o encorajava, se era flexível, se incentivava e respeitava o ritmo da criança.
Quando as crianças completaram 3 anos, os cientistas, por meio de uma série de jogos adaptados, avaliaram a força da memória de trabalho e da capacidade de pensar sobre vários conceitos simultaneamente. Aquelas que obtiveram melhores pontuações tinham mães que ofereciam um suporte consistente ao desenvolvimento de sua autonomia.
Autônomo desde cedo?

Você pode até achar exagero dar autonomia ao bebê desde pequeno. Mas trata-se de um processo gradual, que vai se desenvolvendo à medida que o seu filho realiza novas conquistas e adquire condições que contribuem pouco a pouco para que ele se torne independente. “Nós não ‘damos’ autonomia a uma criança, nós vamos ensinando e deixando que ela tente resolver questões, situações e conflitos nos quais houve uma orientação prévia, para que possamos reforçar os conceitos educativos e valores morais ensinados anteriormente. Neste sentido, a escolha da criança não é autônoma, mas supervisionada por pais ou responsáveis”, explica a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP).
Por isso, não se assuste: incentivar essa independência do seu filho é muito diferente de deixá-lo tomar decisões e fazer escolhas por conta própria. “Esse estímulo desde bebê é extremamente desejável. Para um desenvolvimento psicológico saudável é necessário que se interaja com o ambiente e que este o desafie, isto é: propor à criança situações que estimulem a busca ativa por soluções”, explica o psicólogo e neurocientista Hudson de Carvalho, do Código da Mente. 
Isso quer dizer que você deve estar ao lado da criança, orientando no que for possível, incentivando a realização de tarefas e propondo novos desafios, sempre permitindo que ela supere seus limites e explore o ambiente, dentro do que for seguro. “Dar espaço e oportunidade ao bebê é um ato de amor, cuidado e desprendimento”, explica o psicólogo Hudson.
É precisamente este terceiro item que representa o maior obstáculo para os pais: todo mundo quer ver o filho feliz e realizado, por isso é difícil (e doloroso) vê-lo lidar com o erro e a decepção sem interferir.  “O desprendimento surge quando o pai e mãe permitem que a criança lide com a frustração. Deve-se dar incentivos para que o bebê tente resolver algo que tenha condições de dar conta sozinho”, completa Hudson.
Quer saber como, no dia a dia, você pode incentivar a autonomia do seu filho? Confira abaixo dicas que você pode aplicar de acordo com a idade da criança:
- Envolva a criança aos poucos em pequenas escolhas do dia a dia. Deixe-a decidir qual será a sobremesa do almoço de sábado, por exemplo. Dê opções de trajes para que decida o que prefere vestir, apresente diferentes livros. Dica: limite o número de opções para que ela não se sinta perdida.
- Deixe o seu filho ciente sobre os ônus e bônus de toda a escolha, antes que ela decida o que quer e dê tempo para que possa refletir.
- Se a criança se arrepender da escolha que fez, ensine-a a lidar com a frustração! Explique que é assim mesmo, que haverá outras oportunidades e que ela fez o que achou melhor para aquele momento. Não a critique ou diga "eu te disse!".
- Separe todos os dias 30 minutos para brincar com seu filho e neste período de tempo se proíba de corrigi-lo, repreendê-lo e guiar a brincadeira. Faça aquilo que ele indicar que quer fazer - desde que não o coloque em risco, claro!
Fonte: Revista Crescer

segunda-feira, 13 de abril de 2015

O papel dos pais na lição de casa dos filhos, fonte Revista Crescer

Um longo estudo realizado na Universidade do Texas (EUA) observou os efeitos do envolvimento dos pais na vida acadêmica dos filhos. Após três décadas de pesquisa e rastreamento de mais de 60 tipos de relação parental na educação, de ajuda com o dever de casa até a realização de trabalho voluntário na escola, cientistas descobriram que – sim, acredite! – alguns tipos de participação, incluindo ajudar com a lição, na verdade puxam o desempenho para baixo. Para a autora do estudo, Keith Robinson, isso está relacionado ao fato de que muitos pais se esquecem – ou nunca entendem completamente – aquilo que a criança está aprendendo e acabam confundindo a cabeça do filho. Abaixo, você confere alguns conselhos para não cair no mesmo erro:
Cuidado com o que fala
A forma como o adulto percebe a lição de casa pode influenciar a relação da criança com a tarefa. Se você fala algo do tipo “termine logo esse dever para a gente sair”, a criança vai introjetar a informação de que aquilo é uma obrigação chata. Perceba como o seu filho enxerga aquela tarefa, se tem dificuldades ou dúvidas, se está se esforçando para terminar. A partir daí, tente ajudá-lo em seus pontos fortes, sempre explicando que a lição de casa é muito importante para ajudá-lo a entender o conteúdo aprendido.
Fique com ela, mas não o tempo todo
Demonstrar interesse pelo dia a dia escolar da criança e apoiá-la no momento da lição dará mais segurança para que ela realize as atividades. A ajuda, porém, deve ser dosada. Ficar o tempo todo ao lado dela pode fazer com que se sinta pressionada. Sente-se ao lado do seu filho, leia o enunciado e veja se ele está confiante para fazer a lição. Depois disso, saia de perto para que ele possa fazer com calma. Só não deixe de ficar próximo o suficiente para que ele encontre você no caso de alguma dúvida.
Não faça nada no lugar dela
Por mais ajuda que você queira dar, tome cuidado para não impedir que a criança se apodere de seu papel de estudante. Caso contrário, ela vai aprender que os pais sempre podem resolver as coisas por ela. Além disso, a professora não vai ter noção da evolução da criança.
Cuidado com as cobranças
Um pai que assume postura exigente pode criar traumas, frustração e ansiedade. Respeite o ritmo do seu filho e não se esqueça de que você está no papel de pai e não de professor. Uma atitude intransigente em relação à lição de casa pode fazer com que ele tenha dificuldade de distinguir esses dois papéis.

Erro? Não corrija
Já diz o ditado que é por meio dos erros que se chega ao acerto. Isso quer dizer que, se você perceber que seu filho errou uma palavra ou a resposta do exercício, o melhor que pode fazer por ele é dar elementos para a reflexão. Qual você acha que é a resposta certa? Você pesquisou em seu material? Acha que o que você fez está correto? Esses são alguns exemplos de frases que podem ser usadas nesse momento. Se o seu filho não conseguir perceber o erro, fique tranquilo. É papel do professor auxiliá-lo com a correção.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Brincar ao ar livre faz MUITO BEM :)

Seu filho mal começa a engatinhar e já descobre como é divertido explorar um gramado e tocar em plantas e flores. Os meses passam e ele se diverte ao soprar bolhas de sabão, construir castelos de areia, chutar bolas, subir em escorregadores e árvores. Logo está pedindo para brincar de pega-pega, esconde-esconde e corrida. Então descobre a amarelinha, o corre-cotia, o cabo de guerra e tantas outras atividades perfeitas para espaços abertos de todos os tamanhos: do quintal de casa e da praça do bairro, passando pelos parques da cidade e até praias e campos que se estendem a perder de vista.
As brincadeiras dentro e fora de casa se completam e são igualmente importantes para o desenvolvimento das crianças. Mas tem algo que só o ambiente externo pode proporcionar: a integração com o espaço natural. “É importante andar na areia, na grama, na terra e no chão duro, sentir como todas essas superfícies são diferentes. E também reparar em nuances na luminosidade do dia, que varia de manhãzinha, na hora do almoço e ao entardecer”, explica André Trindade, psicólogo e psicomotricista do Núcleo do Movimento, em São Paulo.
As opções são muitas e os lugares abertos podem proporcionar momentos simples e divertidos. Vale conversar com a criança sobre tudo o que há no lugar: animais, plantas e objetos. Em um sítio, por exemplo, dá para repetir os sons dos bichos e alimentá-los e deixar as crianças colherem frutas de árvores. Na praia, vocês podem fazer castelos e desenhos na areia. No início, algumas crianças têm medo de entrar na água, mas o receio é normal, já que se trata de uma descoberta de um espaço sem fronteiras, muito distinto do quarto, da sala ou de uma brinquedoteca. Para quem tem filhos pequenos, vale esta dica: firmar um ponto ao redor do qual vocês possam brincar juntos, seja um banco ou um colchonete, até que eles alcancem segurança para ir cada vez mais além.
Todas essas ações colaboram para enfrentar o desafio contemporâneo de uma infância entre quatro paredes. “Diferentemente de um tempo não muito distante, em que se brincava na rua e nos campinhos, divertir-se ao ar livre é, hoje em dia, uma experiência mais rara, em especial nas grandes cidades”, diz Tania, Ramos Fortuna, professora de Psicologia da Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Um mundo à espera
Experiências como essas são, sob diversos aspectos, fundamentais para o desenvolvimento infantil. Antes de tudo, há os benefícios para o corpo, que vão muito além das vantagens mais óbvias, como tomar sol (em horários adequados) e exercitar-se. Quando brinca ao ar livre, seu filho se move com mais liberdade, conhece a si mesmo, testa velocidades e distâncias. “Tudo se torna mais distante e amplo em comparação com o quarto e demais ambientes fechados. Com isso, a criança precisa explorar o espaço em outra escala: deslocar-se, conduzir objetos e ocupar o entorno com próprio corpo”, diz Tania.
E os ganhos corporais não param por aí: nos primeiros cinco ou seis anos de vida, quanto mais a criança se movimenta e aciona grandes músculos – como das pernas e dos braços – maior é o estímulo ao cerebelo, região localizada na base do cérebro, onde acontecem as sinapses (conexões entre os neurônios). O resultado desse processo é o desenvolvimento de habilidades como organização espacial e equilíbrio, decisivas para todas as outras competências motoras futuras. Nesse sentido, brincar em locais fechados ajuda, mas não com o mesmo impacto.
Sem contar a força extra que o sistema imunológico ganha com os inevitáveis arranhões e o contato com as bactérias presentes no ambiente. “É certo que os pais devem garantir que os filhos brinquem em lugares seguros. Mas meninos e meninas precisam se machucar – eles mostram casquinhas de feridas como troféus da batalha da vida, que é capaz de se refazer e se reconstituir. E precisam disso até mesmo para saber a diferença entre um pequeno raspão e um eventual machucado mais sério”, explica o psicólogo André.
Mas o que muda quando pais e filhos embarcam juntos nesse tipo de diversão? “Rompe-se a hierarquia estabelecida e todos se encontram em um plano no qual podem experimentar, com seus corpos, uma experiência lúdica capaz de enriquecer, e muito, as relações familiares”, diz Tarcísio Mauro Vago, professor da Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Uma iniciativa simples e muito prazerosa é resgatar brincadeiras que vocês, adultos, curtiam quando crianças e apresentá-las aos filhos, de acordo com a faixa etária deles – seja pipa, peteca, barra-manteiga, bola de gude ou ciranda (veja mais dicas abaixo). Dessa forma, eles têm a chance de, a um só tempo, participar de uma prática rica em trocas interpessoais e usufruir de um patrimônio que pertence à cultura brasileira.
Uma chance ao diferente
É nos espaços abertos ainda que as famílias têm excelentes oportunidades de incentivar os filhos a interagir com crianças de diferentes idades, sejam irmãos, primos ou parceiros de brincadeiras. “Nas escolas, o convívio se dá essencialmente entre crianças da mesma faixa etária. Isso é prejudicial, pois os mais novos têm muito a aprender com os mais velhos, que por sua vez aprendem ensinando os pequenos”, diz André.
Para pais com crianças de idades distintas, não há dilema: ainda que um dos filhos já corra, salte, pule e o outro esteja apenas começando a descobrir o mundo, cada qual, dentro de suas limitações, terá sua maneira de interagir consigo mesmo, com os outros e com o ambiente ao redor. Se a sua família ainda não tem esse hábito, comece já a praticá-lo!
Fonte : Revista Crescer

sexta-feira, 27 de março de 2015

10 habilidades emocionais que as crianças precisam desenvolver...

Autoconfiança
Coragem
Paciência
Persistência
Tolerância
Autoconhecimento
Controle dos impulsos
Resistência às frustrações
Comunicação
Empatia

quinta-feira, 26 de março de 2015

10 problemas e soluções com a AMAMENTAÇÃO

Não conseguir amamentar é um dos principais motivos de culpa materna, tema deste mês da campanha contra culpa da Pais & Filhos. Para ajudar as mães recentes a superar obstáculos comuns que podem acabar fazendo com que desistam de dar o peito, conversamos com especialistas e com a blogueira Flavia Fiorillo, mãe de Ullya e Zyiad, do blog Mamãe sabe Tudo e autora do livro Mamãe Conta Tudo e reunimos dez dicas (quase) infalíveis. Vale a pena insistir, visto que, além de seu leite ser feito sob medida para as necessidades nutricionais de seu bebê e de a amamentação fortalecer o vínculo mãe e filho, dar o peito diminui o sangramento pós-parto e ajuda a voltar ao peso pré-gravidez mais rapidamente. O bebê que mama ganha o peso adequado e fica protegido contra infecções respiratórias e gastrointestinais.  

Confira as 10 dicas:

1. Seus seios têm bico invertido? Use conchas durante a gravidez para ajudar a forma o bico; usar bico de silicone para dar de mamar.

2. O bebê não quer o peito? Não use sabonete ou desodorante com cheiro forte. Não use perfume. O bebê pode estranhar o cheiro.

3. Ainda assim, o bebê não pega o mamilo? Passe um pouco de leite materno nele.

4. O leite ainda não desceu? Tente a “dança africana” Fique com os joelhos levemente dobrados e apoie as mãos neles. Incline os ombros para a frente. Movimente os ombros alternadamente para frente e para trás, sacudindo os seios. É uma coisa meio “dança da garrafa”, só que com a parte de cima do corpo. Algumas coisas são difíceis de acreditar, só experimentando mesmo.
5. Insegura para começar a dar o peito? Tente usar um extrator. A sucção vai estimular a produção de leite, e você vai se sentir mais confiante para tentar, com calma, alimentar o seu filho.
6. O bebê dormiu no meio da mamada? O ato de amamentar dá calor, na mãe e no bebê. Calor dá sono. Para que ele não durma no meio da mamada, procure um lugar arejado para dar de mamar.

7. O seio rachou? Converse com uma enfermeira ainda na maternidade ou contrate uma consultora de amamentação para acertar a pega do bebê no peito para não machucar mais; usar pomada de lanolina para ajudar a cicatrizar.

8. O leite empedrou? Retire com bomba ou ordenha manual o excesso de leite dos seios após cada mamada.

9. A produção de leite está baixa? Mantenha a estimulação constante nos seios, seja com bombas ou deixando o próprio bebê fazer sempre a sucção.

10. Você fez operação plástica nos seios e alguns dutos foram cortados? Use o sistema de relactação, que conecta um tubinho ao bico do seio. O bebê ingere a formular complementar, mas mantém a sucção do seio, recebendo seu leite, ainda que seja pouco,
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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

7 motivos para a criança de 0 a 5 anos dormir a tarde...

Nenhum brinquedo interessa, a fralda está seca, ele se recusa a mamar, comer e não tem truque que faça o bebê parar de chorar. Se nenhum problema de saúde anda tirando o sossego da criança, a solução para acalmá-la é simples: uma boa soneca. Segundo o pediatra e neonatologista Jorge Huberman, do Instituto Saúde Plena e do Hospital Albert Einstein, o sono é um hábito aprendido.

"O cochilo da tarde deve ser cultivado até os cinco anos, aproximadamente. O tempo deste descanso varia conforme a idade e a necessidade de cada criança e não interfere no sono da noite", afirma o especialista. E uma coisa é certa: dormir bem faz com que a criança aproveite melhor as horas em que está acordada, reduz a ansiedade e até previne contra a obesidade infantil. Veja como os benefícios da soneca podem favorecer o desenvolvimento da criança.

1- Melhora a produtividade
2-Diminui a irritação
3-Previne contra a obesidade
4-Reduz a ansiedade
5- Ajuda no desenvolvimento cognitivo
6-Melhora a coordenação motora
7-Deixa a mãe descansar