sexta-feira, 13 de junho de 2014

Crianças x Dificuldade de aprendizado



A escola, geralmente, é um lugar divertido para a criançada. Mas as notas baixas... Nem tanto! Não é fácil enfrentar o risinho dos colegas, a desaprovação dos professores e a pressão dos pais. Pior ainda é o efeito negativo na autoestima, a sensação de fracasso que o aluno sente quando, por mais que se esforce, não consegue acompanhar o resto da turma. E de nada adianta culpar a professora ou mudar de colégio. Se algo não vai bem, é hora de unir forças com a escola e tentar entender o que está acontecendo.

Geralmente, quem primeiro percebe a dificuldade do estudante é a professora, mas os pais também devem ficar atentos. Se o filho não assimilar a matéria mesmo depois de tentativas diferentes de ensino, deve-se pensar em ajuda de profissionais.

Quando é um transtorno

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial sofre de alguma disfunção de aprendizado. Esses transtornos podem se apresentar das mais variadas maneiras, como dificuldade para ler, escrever, fazer cálculos, prestar atenção, entre outras. “Essas causas são inúmeras entre as crianças. Algumas das mais comuns e mais debatidas são a dislexia, o déficit de atenção e a hiperatividade, que devem ser propriamente diagnosticadas, tratadas e acompanhadas pelos profissionais adequados, tais como neurologistas, psicólogos, pedagogos e fonoaudiólogos”, diz Lilian Sacagami, psicóloga do Hospital VITA Curitiba. Segundo ela, é importante que pais e professores conheçam esses déficits para ficarem atentos aos sintomas, mas não se deve generalizar os casos. “Nem sempre a causa é dislexia ou hiperatividade. As dificuldades de aprendizado também podem surgir devido a pequenas deficiências auditivas, verbais ou visuais que dificultem o conhecimento; ou ainda por situações sociais que gerem na criança muita ansiedade, como dificuldades de relacionamento familiar, com os professores, ou também com colegas, como nos casos de bullying”, orienta.

Como você pode ajudar

•    Preste atenção nos sinais e sintomas da criança. A partir do momento em que perceber que ela tem problemas para aprender, invista em estratégias diferentes de estudo.
•    Explore juntamente com ela quais são suas dificuldades.
•    Procure ajuda médica para investigar fatores físicos ou déficits e determinar qual seria o tratamento e profissional adequado.
•    Notas baixas nem sempre significam dificuldade de aprendizado. “Muitas vezes a criança simplesmente não se sente atraída pela matéria ou não tem vontade de realizar as tarefas. Então fique atenta se ela tem dificuldade para cumprir qualquer ordem ou tarefa, ou se é apenas em situações escolares”, diz.
•    Preste atenção em quais momentos e de que forma essa deficiência se apresenta, quais foram as suas tentativas e a dos professores para resolver a situação, e por que não funcionaram. Procure o auxílio de um profissional, como um psicólogo ou neurologista, para ter um olhar crítico e especializado sobre o quadro geral.
•    Valorize o que seu filho sabe para fortalecer sua autoestima, mostre o quanto ele é bom nessas atividades e o incentive a desenvolver aquelas em que ele não tem habilidade.
•    Ofereça um ambiente adequado para o estudo, e evite se irritar com a situação.
•    Nunca deduza simplesmente que a criança é preguiçosa nem menospreze seus medos ou limitações. Respeite-os e forneça suporte.

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